terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Limito-me a contemplar...

... a paisagem. Tudo o resto começa-se a tornar ou demasiado confuso, ou demasiado... nem sei. Mas é por estas e por outras que não tenho aqui vindo. Embora este espaço funcione como o meu pequeno (e no entanto global) muro de lamentações, não o quero transformar num vil lugar de... bom, não há outra forma de o dizer: lamentos!
Aquela velha máxima que diz "estou sozinho mas não só!" é óptima para nos reforçar o ego. Mas enquanto sozinho, as horas podem-se tornar bastante solitárias. Gostava de, por vezes, não ser tão exigente...
Sempre me vi, no futuro, sem ninguém e a fazer o que me desse na real gana. De há 5 anos para cá, sempre me vi com alguém a meu lado a fazer o que nos desse na real gana. De há 2 anos e meio para cá, e mesmo hoje, a sensação mantém-se. Embora a figura de quem me possa acompanhar talvez tenha mudado (que era das coisas que eu menos queria a partir do momento qem que tivesse essa sensação...), a sensação de poder cozinhar, passear, bezerrar, descobrir e tudo mais que venha junto, manté-se. Agora, pouco tempo antes de escrever este post, recebi uma chamada que de todo não esperava. Ansiava, mas não esperava. E pouco mais tinha de conteúdo do que um mero: "Tenho saudades tuas, pá! E então, ficaste embasbacado com a minha honestidade?". E o que me irrita é que não, não fiquei. A "nossa" honestidade, faz com que nos conheçamos, embora há relativamente pouco tempo (cerca de 3 anos, sendo que no último ano e meio com bastante intensidade), muito bem. talvez melhor do que devessemos. E quando toda a gente também te conhecer, eu poderei continuar a olhar para aquela foto quase imperceptível e pensar: "esta foi tirada para mim!".
Um amigo um dia disse-me: "As platónicas são as melhores!". Concordo. Mas infelizmente já não me chega. Preciso do tacto, de sentir, de acariciar, de dar. E é algo que não consigo retirar de uma simples amizade com benefícios. É algo que tem que estar complementado numa só pessoa. O físico e o platónico. Gostava de, por vezes, não ser tão exigente... Daí, talvez, este meu muro de lamentações. Eu, no meu melhor (Leia-se: "eu sou assim").

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